SENTIR O MESMO (v.
15a)
Ele diz: “Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto mesmo”. O
modo pelo qual Paulo usa a palavra “perfeito”
nesta passagem pode parecer confuso. No versículo 12, ele havia acabado de falar que
os santos ainda não estavam “aperfeiçoados”
– inclusive ele mesmo. Agora, no versículo 15, ele alude aos santos que são “perfeitos” e inclui a si mesmo. Isso
pode parecer contraditório, mas ele está realmente falando de dois aspectos
diferentes da perfeição. No versículo 12, está em conexão com alcançar o estado
glorificado em que os santos terão plena conformidade com Cristo. Isso ocorrerá
no Arrebatamento (v. 21). No versículo 15, é algo presente em conexão com o ser
adulto ou maduro em coisas divinas.
O ponto de Paulo aqui é que os crentes espiritualmente
maduros manifestarão sua maturidade por sentirem “o mesmo” que ele. Eles terão a mesma singularidade de foco em
suas vidas, porque eles, assim como ele, terão deixado de lado coisas estranhas
e estarão buscando a Cristo em glória como seu único objetivo. Se não somos “perfeitos” nesse sentido, não é um
problema de capacidade, mas de desejo. Se tivermos o desejo, o Espírito
Santo formará a capacidade em nossos corações e estaremos sedentos por mais de
Cristo e de Suas coisas, e isso, por sua vez, resultará em maturidade
espiritual. A capacidade para as coisas divinas não depende de habilidade
natural – como ter recursos intelectuais. Há muitos no caminho Cristão que
possuem consideráveis recursos intelectuais, porém são bastante elementares.
Eles não se desenvolveram espiritualmente como poderiam se tivessem sido mais
dedicados. Consequentemente, eles não estão no estado de sentirem o mesmo, como
Paulo, na vida Cristã prática. No sentido em que Paulo fala aqui de ser
perfeito, até mesmo novos convertidos podem sentir o mesmo. Não é uma questão
de conhecimento, mas de coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário