sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O EXEMPLO DE EPAFRODITO (v. 25-30)


O EXEMPLO DE EPAFRODITO (v. 25-30)

Com Epafrodito, temos uma demonstração viva da exortação de Paulo: Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros (v. 4). Nós vemos a sabedoria de Deus em mencionar Epafrodito aqui. Os filipenses poderiam ter dito: “Paulo, é compreensível que você possa imitar a graça de Cristo – você é um apóstolo e Timóteo é um vaso especial levantado por Deus. Mas nós somos apenas Cristãos normais; pedir que imitemos a Cristo dessa maneira é um padrão muito elevado”. Se alguém estava inclinado a pensar isso, o Espírito de Deus traz aqui Epafrodito como outro exemplo de alguém que tinha a mente de Cristo. Ele era um filipense a quem conheciam bem. Ele era um homem sem um dom extraordinário, mas ainda assim exibia claramente a mente humilde de Cristo. Isso nos mostra que um Cristão mediano – até mesmo um bebê em Cristo – pode fazê-lo. Uma pessoa não precisa ter dons ou ser especialmente bem ensinada nas Escrituras para ser semelhante a Cristo.
Epafrodito foi o “enviado” que levou a oferta dos filipenses a Paulo (v. 25). Ele ficou doente no caminho. De fato, ele quase morreu, mas Deus teve misericórdia dele e o restaurou em boa saúde novamente (v. 27). Ao realizar este serviço simples, vemos que estava mais interessado em ajudar os outros do que em agradar a si mesmo. Nisto, ele imitou o Senhor Jesus, pois as Escrituras dizem que Cristo não agradou a Si mesmo (Rm 15:3).
Tendo chegado a Roma com a oferta dos filipenses, Epafrodito foi de ajuda a Paulo atendendo suas necessidades (v. 25). Essas seriam atividades simples que um ajudante faria em relação às coisas temporais. Temos a tendência de considerar esse serviço como insignificante, mas é impressionante e instrutivo ver como Paulo fala desse humilde mensageiro. Paulo o coloca na condição de igualdade a si mesmo, chamando-o de “irmão” na fé, de “cooperador” no evangelho e de “companheiro nos combates” deles com inimigos espirituais. Isso mostra que Paulo não se considerava melhor ou mais importante que Epafrodito. Isso demonstra como devemos nos ver uns aos outros. Se houvesse mais dessa graça em nossas interações uns com os outros, haveria menos atrito para iniciar disputas.
Sendo um indivíduo tão abnegado, Epafrodito estava mais preocupado com a tristeza dos filipenses por ele do que com sua própria doença! Ele estava “muito angustiado”, não porque tinha estado doente, mas porque ouvira dizer que estavam tristes por ele (v. 26). Ele não queria que estivessem ocupados com ele; toda essa ansiedade só distrairia os santos de sua ocupação com o Senhor. Muitas vezes, quando estamos doentes, tudo em que podemos pensar é sobre nós mesmos, mas não Epafrodito; ele estava pensando neles, não em si mesmo! Ele era verdadeiramente alguém que não olhava para o que era “propriamente seu”, mas para o que era “dos outros” (v. 4). Estando pronto para retornar à sua assembleia em Filipos, Paulo enviou esta carta de agradecimento com ele.

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