sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Regozijando-se no Senhor


Regozijando-se no Senhor

V. 1 – No capítulo 2, Paulo antecipou que os santos de Filipos se “regozijariam” na feliz circunstância de Epafrodito haver se recuperado de sua doença, quando as notícias chegassem até eles (cap. 2:28-29). Isso é adequado e bom, pois certamente não há nada de errado em regozijar-se em nossas circunstâncias quando coisas felizes e favoráveis ocorrem. Mas Paulo agora lhes aponta um tipo mais elevado de gozo – gozo “no Senhor!” Ele diz: “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor”. Esse tipo de gozo não é resultado de se estar em circunstâncias favoráveis, mas é nosso, por meio da comunhão com o Senhor e comprometimento com os Seus interesses. Se nosso gozo deriva do que temos em Cristo, seremos capazes de nos regozijar mesmo em circunstâncias difíceis e de provações, porque nosso gozo se baseia em coisas que são mais elevadas que as coisas desta vida. É por isso que os Cristãos podem passar por profundas provações e ainda manter seu equilíbrio espiritual, e realmente ter paz em tais ocasiões. Assim, estes são dois tipos diferentes de regozijo – regozijando-se em nossas circunstâncias e regozijando-nos nas coisas acima de nossas circunstâncias. Nem sempre podemos ter circunstâncias favoráveis para nos regozijarmos – porque algumas coisas na vida são tristes e ruins – mas podemos sempre “nos regozijar no Senhor”.
Paulo então diz: “Não me aborreço [não me é incômodo – JND] de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós”. Ele não daria desculpas por despender tempo lembrando os filipenses do fato de que há perigos espirituais no caminho, porque sabia quão traiçoeiros eram os ataques do inimigo. Era em vista da segurança deles que repetiria o que já lhes ensinara sobre esses perigos. Eles precisavam ser avisados dos esforços dos mestres judaizantes que estavam se movendo, procurando levar os santos à servidão. Vemos a partir disto que Paulo não estava interessado apenas na salvação deles (cap. 2), mas também em sua segurança (cap. 3). O culpado no capítulo 2 que impediria a salvação prática era a disputa interna. O culpado no capítulo 3, que rouba dos santos o gozo de buscar a Cristo em glória, é o ensino subversivo que encoraja a busca de coisas terrenas. Isso mostra que o servo do Senhor nunca deve ter medo de ser repetitivo em seu ministério, se necessário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário