Vs.
15-16 – Isso nos leva à conclusão da exortação de Paulo a respeito da salvação
prática da assembleia. Ele diz: “Para que sejais
irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração
corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; Retendo
a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter
corrido nem trabalhado em vão”. Isto mostra que se o problema interno entre
os filipenses fosse corrigido, o inimigo seria derrotado em sua tentativa de
desunir aquela assembleia. Como resultado, o testemunho Cristão naquela região
brilharia mais intensamente. A assembleia de Filipos se tornaria um testemunho
vivo e brilhante naquela comunidade, e o evangelho soaria de maneira mais
distinta e eficaz. Assim, julgar o que está impedindo a unidade dentro de uma
assembleia faz com que o castiçal queime com mais intensidade. Isso é ilustrado
em tipo, na responsabilidade dos sacerdotes de avivar regularmente o castiçal
no tabernáculo com “seus espevitadores e
os seus apagadores” (Êx 25:38). Estes instrumentos eram usados
para remover os pedaços queimados de pavio, etc., que impediam a chama de
queimar como deveria. Assim, usar os espevitadores e apagadores fala de julgamento
próprio.
Se
quisermos bênção no evangelho e pessoas acrescentadas à assembleia local, isso
começa tendo-se um testemunho unificado em relação àqueles na comunidade. G.
Davison disse: “O caráter do grupo baseia-se na manutenção da Palavra da vida.
Embora a pregação do evangelho em nossas salas de reuniões seja um exercício
individual, pois a assembleia não prega (embora deva ser feita em comunhão com
os irmãos), o pregador não terá muita liberdade ou bênção se estiver pregando
no meio de um grupo desunificado. Devemos lembrar que aqueles a quem pregamos
são bastante sensíveis para verem se há um caráter correto no grupo ou naqueles
que pregam o evangelho” (Precious Things,
vol. 5, pág. 267).
Paulo
não lhes disse para tentar endireitar este pobre mundo tortuoso e deixá-lo
certo, mas para “resplandecer como
astros” nele.
Nós temos as duas partes do testemunho do Cristão aqui. Há o nosso resplendor
como “astros”, que é o testemunho
prestado por nossas vidas (Mt 5:14-16), e existe o “Retendo
a palavra da vida”, que é o testemunho de que falamos no
evangelho. Quanto mais escuro o mundo
fica, moral e espiritualmente, mais brilhante deve ser o nosso testemunho. “Astros” está no plural, mostrando que
cada um de nós tem uma responsabilidade neste testemunho.
Paulo então fala de sua parte no
crescimento e progresso dos filipenses, e antecipou o regozijo no “dia de Cristo” (o Milênio), quando os
resultados da fé deles seriam manifestados diante de todos, e seu trabalho
seria mostrado como não tendo sido em vão. Claramente, Paulo viu o progresso
deles como um reflexo de seu trabalho com eles.
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