terça-feira, 18 de setembro de 2018

A Ocasião da Epístola

A EPÍSTOLA DE PAULO AOS FILIPENSES
A ocasião da Epístola

Esta epístola é uma carta de agradecimento do apóstolo Paulo aos filipenses por sua comunhão prática (suprimentos e talvez uma oferta monetária – cap. 4:18) que haviam lhe enviado quando estava cativo em Roma. Ao escrever aos santos em Filipos, Paulo aproveitou a oportunidade para contar lhes sobre suas circunstâncias pessoais e relatar como a obra do Senhor estava progredindo em Roma. Além disso, estando ciente da perseguição que os filipenses estavam sofrendo diariamente, incluiu uma palavra encorajadora para permanecerem firmes em seu testemunho e continuarem no caminho da fé, apesar da adversidade. Também lhes deu alguns conselhos práticos sobre como a assembleia poderia ser salva da tentativa do inimigo de destruí-la por meio de conflitos internos.
Os filipenses foram os primeiros convertidos de Paulo na Europa. Sabemos pelo livro dos Atos que ele fez pelo menos três visitas àquela localidade (At 16:12-40, 20:1, 3-6) – e, a partir de então, toda vez que pensava neles sentia gozo em seu coração (Fp 1:4). É claro, a partir de suas observações na epístola, que existia grande afeição entre ele e os filipenses (cap. 1:7 – JND). É sem dúvida a epístola mais pessoal e afetiva que Paulo escreveu a uma assembleia.
É interessante que, ao escrever aos filipenses, Paulo não cita as Escrituras do Velho Testamento. Isso pode ter acontecido porque eram em sua maioria gentios convertidos que não estavam familiarizados com as Escrituras. É também de se observar que há pouca doutrina na epístola, se é que há alguma. Ele não toca no assunto de pecado nem de expiação. Em vez disso, estando profundamente comovido por seu amor e cuidado, a quase 1.300 quilômetros deles e preso a uma corrente, ele escreve da plenitude de seu coração para agradecer-lhes por sua oferta e encorajá-los em questões práticas relativas a andar com o Senhor. Vemos disto que, embora Paulo estivesse em cativeiro e não mais livre para continuar seu ministério apostólico entre as assembleias, aproveitava todas as oportunidades para ministrar a seus irmãos por carta. A vinda de Epafrodito com a oferta dos filipenses proporcionou-lhe tal oportunidade. Ele deu a Epafrodito esta carta para levar a eles em sua viagem de volta a Filipos.
Esta, assim chamada, epístola da “prisão” é um complemento de duas outras epístolas da “prisão” (Efésios e Colossenses) que Paulo escreveu sob inspiração divina enquanto estava encarcerado em Roma. Esta epístola em nossas Bíblias, fica entre Efésios e Colossenses que revelam a verdade do Mistério, em seus aspectos presente e futuro. Ao passo que, em Filipenses, vemos um homem andando no bem da verdade do Mistério e falando de seu regozijo pessoal nisso. Assim, a epístola aos Filipenses nos dá uma imagem do estado de alma que deve marcar alguém que conhece a verdade do Mistério e vive no bem dela

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