Vs.
1-2 – Neste capítulo, Paulo está prestes a exortar os filipenses a caminhar em
unidade prática (v. 2). Ele também vai dizer-lhes que isso só pode ser
alcançado por meio de cada um tendo uma mente humilde (vs. 3-4). Além disso,
lhes mostrará que aquilo que produz sujeição e humildade de mente nos crentes é
ter nossa atenção voltada para o sentimento de Cristo, que é o padrão para a
graça humilde (vs. 5-8). Mas antes de Paulo falar dessas coisas, ele aponta
para o fato de que a graça necessária para caminhar em unidade prática já havia
sido produzida nos filipenses (v. 1). A evidência disso era o amor e a bondade
que tinham livremente derramado sobre ele, ao pensar nele em sua necessidade e
enviar uma oferta de tão longe. Paulo se refere a essa demonstração de graça e
bondade ao mencionar seu “conforto em
Cristo”, sua “consolação de amor”,
sua “comunhão no Espírito” e seus “entranháveis afetos”. Tudo isso lhe
havia sido dispensado (v. 1).
O
“se” usado no versículo de abertura
é um “se” de argumento, não um “se” de condição.
(Veja a página 11) Os “se” não implicam que pode não ter havido consolo em Cristo, etc. A palavra é usada aqui
no sentido de “desde que”, “já que”. Paulo estava construindo um argumento;
estava dizendo que “desde que” DEUS produziu esses maravilhosos sentimentos e compaixões
neles para com ele, então sabia que eram capazes de mostrá-los aos outros – e particularmente,
uns aos outros, que é o que realmente tinha em mente. Sendo assim, ele diz: “Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o
mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa” (v. 2). É
como se ele estivesse dizendo: “Vocês demonstraram muita bondade, amor e
compaixão por mim, e eu realmente agradeço. Mas se vocês realmente querem me
fazer feliz e completar meu gozo, mostrem uns aos outros a mesma graça que têm
me dado”. Quando tal condição é existente entre os crentes, haverá uma unidade
feliz e coesa que o inimigo não será capaz de estragar.
Parece
que, embora os filipenses estivessem bastante abertos e dispostos a mostrar
graça e bondade a Paulo, não foram tão diligentes em expressá-la uns aos os
outros. Não testemunhamos isto nas assembleias Cristãs em nossos dias? Um irmão
que viaja (“que trabalha na obra”) vem à cidade, e os santos se mobilizam em
uma notável demonstração de amor e bondade para com ele – em tudo, desde comida
deliciosa a uma oferta monetária. Mas quando se trata de uns para com outros,
não manifestam o mesmo grau de amor e hospitalidade.
Podemos
ver pelo que Paulo diz no versículo 2: “sintais
o mesmo [penseis a mesma coisa –
ARA]” e “sentindo uma mesma coisa [penseis uma coisa – JND]” que disputa geralmente começa com
irmãos tendo pensamentos e opiniões diferentes sobre os assuntos (1 Co
1:10-11). Muitas vezes, isso vem de crentes que não têm um entendimento adequado
de certos princípios relacionados a um assunto em questão e, por meio da
ignorância, tomam uma posição sobre o assunto que outros, com um entendimento
mais completo dos princípios divinos, percebem ser um erro. Então, quando o
orgulho está envolvido, as pessoas tendem a “se entrincheirar” e manter suas
posições com persistência e isso resulta em um impasse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário