Um Novo Objeto – Cristo
Vs.
8-14 – Nos versículos anteriores, Paulo nos disse o que fez ao renunciar a tudo por Cristo, mas não nos disse
exatamente o que o levou a fazê-lo. Sabemos, como observamos na história de sua
conversão em Atos 9, que foi porque ele teve uma visão de Cristo em glória. Imediatamente, Cristo Se tornou
seu novo Objeto na vida. Quando recobrou a visão, todo o seu pensamento e
propósito de vida tinham sido revolucionados.
Ele
menciona duas coisas que trabalharam
para mudar o curso de sua vida: Ele diz: “E, na verdade, tenho
também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor; pelo Qual sofri a perda de todas estas coisas, e as
considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo”. Primeiramente,
ele viu na luz de Deus (quando cegado por três dias) que aquelas coisas sobre
as quais havia construído suas esperanças para a eternidade eram
completamente inúteis.
Consequentemente, ele reputou tudo como “perda”.
Em segundo lugar, ele tinha uma nova
aspiração – queria “a excelência do conhecimento de Cristo
Jesus”. Assim, houve uma reavaliação de
tudo em sua vida, que o reiniciou em um curso completamente novo. Logo em
seguida, ele pregou a Cristo nas sinagogas de Damasco (At 9:20).
Nem
por um momento ele voltou atrás nessa grande renúncia. De fato, enquanto continuava
no caminho Cristão de fé e serviço, só ficou mais convencido de sua decisão de
renunciar a essas coisas. No versículo 7, ele disse: “considerei...” (ARA), mas no versículo 8, ele diz: “considero...” (ARA). Isso abrange um
período de sua vida de cerca de 30 anos. Ele considerou todas as coisas como
perda quando se converteu em Damasco, mas agora, ao escrever esta epístola aos filipenses
uns 30 anos depois, ele ainda as considerava como tal! Há, no entanto, essa
diferença: o que ele viu então naquelas coisas como “perda”, agora via como “refugo!”
(ATB). A KJV diz “esterco”,
mas deveria ser traduzida como “refugo”.
O esterco pode ser útil para
algumas coisas (combustível, fertilizante, etc.), mas o refugo não serve para
nada. Tendo andado em comunhão com o Senhor por muitos anos, Paulo viu mais
claramente do que nunca a inutilidade daquelas coisas e apropriadamente as
rotulou como tais. Além disso, no início de sua experiência Cristã, falou
daquelas coisas as quais havia abandonado como “o que [coisas] para mim”, mas agora, tendo trilhado o
caminho por algum tempo, ele diz que estava contando “todas as coisas” como perda por Cristo. Isso mostra que, ao
andar com o Senhor, houve progresso no exercício de sua alma.
O
que o fortaleceu nesse caminho? Não era simplesmente que tivesse mudado de
religião; ele havia sido conquistado por uma Pessoa – Cristo, o Filho de Deus!
Ele podia dizer: “a vida que agora vivo
na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, O qual me amou, e Se entregou a Si mesmo
por mim” (Gl 2:20). Foi o constrangedor “amor
de Cristo” que o motivou (2 Co 5:14).
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