Vs.
12-20a – Paulo falou de ter “comunhão
com o evangelho” (v. 5 – JND) e da importância da “defesa e confirmação do evangelho” (v. 7); agora ele fala do “maior proveito do evangelho” (v. 12).
Os filipenses estavam cheios de preocupação por Paulo e estavam ansiosos para
ouvir sobre o seu bem-estar. Sabendo da preocupação deles, Paulo aproveitou a
oportunidade para lhes aliviar a ansiedade, atualizando-os sobre suas
circunstâncias pessoais. É notável que, ao fazê-lo, ele não os ocupa com suas
dificuldades, que eram consideráveis, mas com o que o Senhor estava fazendo em
Roma.
Havia
muito em torno de Paulo que poderia causar tristeza e depressão. Ele estava
diariamente acorrentado a um soldado Romano, aguardando seu julgamento. Seu
futuro, quanto à vida e morte, era sombrio e cheio de
incertezas; Martírio era uma possibilidade muito real. Ele estava sem o conforto de amigos Cristãos,
pois a maioria tinha medo de ser identificada com ele (2 Tm 1:15). (Mais tarde,
quando foi encarcerado novamente, Onesíforo o visitou, mas Paulo fala dele como
uma exceção – 2 Tm 1:16-18). Com tudo isso pairando sobre a cabeça de Paulo,
não o encontramos reclamando ou em tristeza. Ele não pede aos filipenses que
orem por seu livramento, ou para que tivesse melhores condições no cativeiro.
Ele poderia repreender-se a si mesmo por ter ido a Jerusalém, o que levou ao
seu cativeiro, mas ele elevou-se acima de sua falha e não se ocupou com isto.
Em
vez de estar cheio de tristeza e pesar, vemos um homem vivendo com Deus acima
de suas circunstâncias, em um estado de satisfação. Isso é notável; Paulo está
contente com quem ele é e onde está, pois sabe que Deus está acima de todas as
circunstâncias, e “o caminho de Deus é
perfeito” (Sl 18:30). Longe de estar abatido
com desânimo – estava se
regozijando! Ele estava preso com uma corrente, mas seu espírito permaneceu
livre. Isso mostra que a fé não pode ser impedida pelas circunstâncias. Também
nos mostra que as circunstâncias não fazem o estado de alma de uma pessoa –
elas apenas a manifestam.
Por
meio do exemplo de Paulo, as lições aqui são abundantes sobre o que é o estado
Cristão normal. Vemos que quem anda com Deus no poder do Espírito não ocupa os
outros consigo mesmo, seja nas coisas boas ou nas ruins. Ele se submete à mão
de Deus em sua vida e está contente em suas circunstâncias. Ele não se lamenta
sobre seus fracassos, mas, tendo julgado tudo, continua com o coração voltado
para Cristo e Seus interesses.
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