Regozijando-se no Senhor
V. 1 – No capítulo 2, Paulo
antecipou que os santos de Filipos se “regozijariam”
na feliz circunstância de Epafrodito haver se recuperado de sua doença,
quando as notícias chegassem até eles (cap. 2:28-29). Isso é adequado e bom,
pois certamente não há nada de errado em regozijar-se em nossas circunstâncias
quando coisas felizes e favoráveis ocorrem. Mas Paulo agora lhes aponta um tipo
mais elevado de gozo – gozo “no Senhor!”
Ele diz: “Resta, irmãos meus, que vos
regozijeis no Senhor”. Esse tipo de gozo não é resultado de se estar em
circunstâncias favoráveis, mas é nosso, por meio da comunhão com o Senhor e
comprometimento com os Seus interesses. Se nosso gozo deriva do que temos em
Cristo, seremos capazes de nos regozijar mesmo em circunstâncias difíceis e de
provações, porque nosso gozo se baseia em coisas que são mais elevadas que as
coisas desta vida. É por isso que os Cristãos podem passar por profundas
provações e ainda manter seu equilíbrio espiritual, e realmente ter paz em tais
ocasiões. Assim, estes são dois tipos diferentes de regozijo – regozijando-se em nossas circunstâncias e
regozijando-nos nas coisas acima de
nossas circunstâncias. Nem sempre podemos ter circunstâncias favoráveis para
nos regozijarmos – porque algumas coisas na vida são tristes e ruins – mas
podemos sempre “nos regozijar no Senhor”.
Paulo então diz: “Não me aborreço [não me é incômodo – JND] de
escrever-vos as mesmas coisas,
e é segurança para vós”. Ele não daria desculpas por despender tempo lembrando
os filipenses do fato de que há perigos espirituais no caminho, porque sabia
quão traiçoeiros eram os ataques do inimigo. Era em vista da segurança deles
que repetiria o que já lhes ensinara sobre esses perigos. Eles precisavam ser
avisados dos esforços dos mestres judaizantes que estavam se movendo,
procurando levar os santos à servidão. Vemos a partir disto que Paulo não
estava interessado apenas na salvação
deles (cap. 2), mas também em sua segurança
(cap. 3). O culpado no capítulo 2 que impediria a salvação prática era a disputa interna. O culpado no capítulo
3, que rouba dos santos o gozo de buscar a Cristo em glória, é o ensino subversivo que encoraja a busca
de coisas terrenas. Isso mostra que o servo do Senhor nunca deve ter medo de ser
repetitivo em seu ministério, se necessário.
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