Mais
do que apenas relatar seu estado pessoal, Paulo deu aos filipenses um breve
resumo sobre a propagação do evangelho naquela área. Ele queria que soubessem
que sua prisão não havia sido um obstáculo para o evangelho seguir adiante. Com
o maior arauto das boas novas impossibilitado de sair para pregar, poderíamos
pensar que tal coisa teria sido desastrosa para o testemunho do evangelho. Mas,
na verdade, foi exatamente o oposto – seu cativeiro havia sido realmente para “maior proveito do evangelho!” (v. 12).
Deus, que está acima de todas as circunstâncias, ordenou as coisas de tal modo
que resultou em uma nova e mais ampla esfera de pregação. É um exemplo
maravilhoso de como Deus pode providencialmente anular os planos dos ímpios e
fazer com que as coisas resultem para maior proveito de Seus próprios
interesses. Asafe declarou este princípio da ação providencial de Deus no Salmo
76:10. Ele disse: “Certamente a cólera
do homem redundará em Teu louvor; o restante da cólera Tu o restringirás”.
O
cativeiro de Paulo ilustra o fato de que Deus não precisa de nenhum de nós em
Seu serviço – nem mesmo um apóstolo! Somos gratos pelos dons espirituais que
Cristo, a Cabeça da Igreja, deu para ajudar os membros de Seu corpo a crescer
(Ef 4:11-15), mas o êxito da obra de Deus entre os santos não depende desses
dons. Ele tem o prazer em nos usar em Sua vinha, e nós somos gratos quando o
faz, mas devemos sempre nos lembrar de que Ele não precisa de nós. Podemos não
gostar de ouvir isso, mas nenhum servo do Senhor é indispensável. Entender isso
nos livrará da importância própria no trabalho do Senhor.
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