O EXEMPLO DE EPAFRODITO (v. 25-30)
Com Epafrodito, temos uma
demonstração viva da exortação de Paulo: “Não atente cada um
para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (v. 4). Nós vemos a sabedoria de Deus em mencionar
Epafrodito aqui. Os filipenses poderiam ter dito: “Paulo, é compreensível que
você possa imitar a graça de Cristo – você é um apóstolo e Timóteo é um vaso
especial levantado por Deus. Mas nós somos apenas Cristãos normais; pedir que
imitemos a Cristo dessa maneira é um padrão muito elevado”. Se alguém estava
inclinado a pensar isso, o Espírito de Deus traz aqui Epafrodito como outro
exemplo de alguém que tinha a mente de Cristo. Ele era um filipense a quem
conheciam bem. Ele era um homem sem um dom extraordinário, mas ainda assim
exibia claramente a mente humilde de Cristo. Isso nos mostra que um Cristão
mediano – até mesmo um bebê em Cristo – pode fazê-lo. Uma pessoa não precisa
ter dons ou ser especialmente bem ensinada nas Escrituras para ser semelhante a
Cristo.
Epafrodito
foi o “enviado” que levou a oferta
dos filipenses a Paulo (v. 25). Ele ficou doente no caminho. De fato, ele quase
morreu, mas Deus teve misericórdia dele e o restaurou em boa saúde novamente
(v. 27). Ao realizar este serviço simples, vemos que estava mais interessado em
ajudar os outros do que em agradar a si mesmo. Nisto, ele imitou o Senhor
Jesus, pois as Escrituras dizem que “Cristo não agradou a Si
mesmo” (Rm 15:3).
Tendo chegado a Roma com a oferta
dos filipenses, Epafrodito foi de ajuda a Paulo atendendo suas necessidades (v.
25). Essas seriam atividades simples que um ajudante faria em relação às coisas
temporais. Temos a tendência de considerar esse serviço como insignificante,
mas é impressionante e instrutivo ver como Paulo fala desse humilde mensageiro.
Paulo o coloca na condição de igualdade a si mesmo, chamando-o de “irmão” na fé, de “cooperador” no evangelho e de “companheiro
nos combates” deles com inimigos espirituais. Isso mostra que Paulo não se considerava melhor ou
mais importante que Epafrodito. Isso demonstra como devemos nos ver uns aos
outros. Se houvesse mais dessa graça em nossas interações uns com os outros,
haveria menos atrito para iniciar disputas.
Sendo
um indivíduo tão abnegado, Epafrodito estava mais preocupado com a tristeza dos
filipenses por ele do que com sua própria doença! Ele estava “muito
angustiado”, não porque tinha estado doente, mas porque ouvira dizer que
estavam tristes por ele (v. 26). Ele não queria que estivessem ocupados com
ele; toda essa ansiedade só distrairia os santos de sua ocupação com o Senhor.
Muitas vezes, quando estamos doentes, tudo em que podemos pensar é sobre nós mesmos,
mas não Epafrodito; ele estava pensando neles, não em si mesmo! Ele era
verdadeiramente alguém que não olhava para o que era “propriamente seu”, mas
para o que era “dos outros” (v. 4). Estando pronto para retornar à sua
assembleia em Filipos, Paulo enviou esta carta de agradecimento com ele.
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