sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O Desfecho Divino do Caminho Cristão – Glorificação


O Desfecho Divino do Caminho Cristão – Glorificação

Vs. 20-21 – O capítulo termina com Paulo observando dois fins distintos daqueles na profissão Cristã. No versículo 19, ele falou do destino daqueles que eram professantes, de mente terrenal, afirmando que seu “fim é a perdição” (v. 19). Sendo que eles não têm fé, são corruptores da casa de Deus, e como tal, eles serão julgados (1 Co 3:17). Agora nos versículos 20-21, ele fala do destino dos verdadeiros crentes. Ele diz: Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso, segundo o Seu eficaz poder de sujeitar também a Si todas as coisas. Não poderia haver um contraste maior. O professante sem vida terá sua porção sob condenação no inferno, e o crente terá sua porção com e como Cristo no céu! Este é o prêmio que espera cada santo de Deus.
Nós podemos ser cidadãos de algum país da Terra, mas nossa verdadeira “cidade” [pátria – ATB] está no céu. É nossa pátria e nosso lar. Estamos simplesmente esperando o “Salvador” vir e nos levar até lá. Este é um aspecto futuro da salvação que todos os crentes experimentarão quando acontecer o Arrebatamento (Rm 13:11; Hb 9:28; 1 Pe 1:5). Paulo explica que não iremos para casa no céu na condição em que nossos corpos estão atualmente. Deve haver necessariamente uma transformação física pela qual nosso “corpo de humilhação” (JND) será “transformado” à semelhança do “Seu corpo glorioso” (1 Co 15:51-56). Isso tem a ver com os corpos dos santos tendo Sua semelhança em essência; cada um de nós conservará a aparência individual e, assim, será reconhecido como tal – como os discípulos reconheceram Moisés e Elias no monte da transfiguração (Lc 9:30).
A KJV diz: “Nosso corpo vil [abatido – ARC]”, mas isso poderia ser enganoso. Embora “vil” pudesse ter sido uma palavra aceitável de ser usar 400 anos atrás (quando a tradução foi feita), hoje a palavra transmite um pensamento diferente. Uma tradução melhor é: “corpo de humilhação” (ARA). Nossos corpos se tornaram assim por causa da queda de Adão e dos efeitos resultantes do pecado na criação. Consequentemente, nossos corpos estão sujeitos a doenças, decadência e morte (Ec 12:1-7). No sentido moderno da palavra, não há nada vil ou mal em relação ao corpo humano; o mal está no emprego incorreto ao qual o corpo é submetido. Assim, nunca se diz que o corpo humano é pecaminoso. (Romanos 6:6 fala do “corpo do pecado”, mas não está se referindo ao corpo humano, mas sim à totalidade do pecado como um sistema na criação. Usando a palavra “corpo” como Paulo faz em Romanos 6:6, poderíamos dizer da mesma forma: “O corpo de um rio”, ou “O corpo do conhecimento científico”, etc.) Nossos corpos humanos estiveram envolvidos em muitos atos pecaminosos (pelos quais somos responsáveis), mas não é dito que eles sejam pecadores em si mesmos. Se nossos corpos fossem pecadores, não poderiam ser apresentados a Deus para serem usados no serviço do Senhor (Rm 12:1).
Os Cristãos frequentemente falam de receber um “novo” corpo quando o Senhor vier, mas isso poderia transmitir a ideia de que obteremos outro corpo, o que não é verdade. As Escrituras não dizem que os santos obterão “novos” corpos, mas sim que seus corpos serão “transformados” (Jó 14:14; 1 Co 15:51-52; Fp 3:21). O mesmo corpo que foi enterrado será ressuscitado, mas em uma condição completamente diferente de glorificação. 1 Coríntios 15:42-44 afirma isso claramente. Diz que o mesmo corpo que é “semeado” na terra em sepultamento se levantará novamente. (Note que apesar de o sujeito no v. 44 ser indeterminado, ele está se referindo tanto ao sepultar quanto ao ressuscitar do mesmo corpo). Se os santos receberem um novo, ou outro corpo, quando o Senhor vier, então, por conclusão lógica, Ele realmente não ressuscitará os corpos que uma vez viveram. Isso nega a ressurreição. Para evitar qualquer ideia como essa, as Escrituras têm o cuidado de nunca dizer que teremos “novos” corpos.
Quando o Senhor andou nesta Terra, Seu corpo humano não era o de “humilhação”, nem era um “corpo de glória”. Seu corpo era santo e imortal (Lc 1:35). Seu corpo não foi glorificado até que ressuscitasse de entre os mortos. As escrituras dizem que Ele foi “recebido acima em glória – JND (1 Tm 3:16). Isto é, Ele subiu ao céu em um estado glorificado.
A atitude correta para o crente é “esperar o Salvador” que está por vir. Nosso próximo passo é sermos chamados a qualquer momento para longe desta Terra.

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