PENSAR NAS COISAS TERRENAS (vs. 18-19)
Paulo fala de um terceiro
estado mental – aqueles que “pensam nas coisas terrenas”. Ele diz: (“Porque
muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.
Cujo fim é a perdição; cujo
Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas
terrenas”.) Paulo fala desse grupo entre parênteses (JND
e KJV) porque eles não são verdadeiros crentes, como aqueles das outras duas
classes. Isto pode ser visto pelo fato de que ele diz que seu “fim é a perdição”. Eles eram crentes
meramente professantes se movendo no círculo Cristão. Se eles não fossem salvos
enquanto tinham a oportunidade de fazê-lo, passariam para uma eternidade
perdida.
Tão
solenes e sérios eram os movimentos daqueles que pensavam nas coisas terrenas
que Paulo diz aos filipenses que, apenas por ter de lembrá-los dessas pessoas,
ele chorou. É surpreendente que nesta epístola a qual tem um forte tema fundamental
de gozo e regozijo ao longo dela, que Paulo fosse encontrado “chorando”. Mas tal era o caso com
aqueles a quem ele chama, “inimigos da
cruz de Cristo”. Essas pessoas eram os professantes sem vida que absorveram
a doutrina dos mestres judaizantes mencionados no versículo 2. Eles odiaram e
rejeitaram o julgamento de Deus na cruz, sobre a primeira ordem do homem sob Adão
e tinham como objeto a busca das coisas terrenas. Sobre eles Paulo disse “cuja glória é
para confusão [vergonha] deles” (JND). Isto é, eles falam livremente do seu passado sem
pesar ou vergonha. Assim, esses de mente terrena não mostraram nenhum sinal de
arrependimento. (Paulo falou de suas buscas passadas, mas o fez para mostrar
que havia julgado tudo isso).
Enquanto
que essas pessoas eram crentes meramente professantes, e não reais, os
verdadeiros crentes podem ser influenciados por seus caminhos e se tornarem
completamente mundanos. Todos esses não perderão, é claro, a salvação eterna de
suas almas, mas, ao adotarem tais condutas, devem ser advertidos e
repreendidos.
F.
G. Patterson mencionou um tipo desses três estados mentais na profissão Cristã
em seu livro Lectures on the Church of
God (págs. 50-52). Em conexão com a posse da terra de Canaã, as várias
tribos de Israel caíram em três categorias, de acordo com o desejo delas. Havia
duas tribos e meia (Judá, Efraim e meia tribo de Manassés) que queriam o que
lhes fora dado pelo Senhor, e subiram diretamente e tomaram sua herança (Js
15-17). Esses corresponderiam aos Cristãos que “sentem o mesmo”. E também, havia sete tribos (Benjamim, Simeão,
Zebulom, Issacar, Aser, Naftali e Dã) que demoraram a subir para tomar a sua
parte na terra. Esses correspondem aos Cristãos que “sentem de modo diverso”. Eles precisavam de algum estímulo, o que
Josué fez enviando 21 homens (três de cada tribo) para irem à terra e
descreverem as coisas boas que viram num livro. Quando eles voltaram, leram o
livro diante do povo e isso os animou a desejarem a terra agradável. Esta é uma
figura do que o bom ministério fará pelos santos. As sete tribos então se
levantaram e entraram e possuíram sua herança (Js 18-19). Por último, havia
duas tribos e meia (Rúben, Gade e a outra meia tribo de Manassés) que não
queriam Canaã como sua herança, mas escolheram as planícies de Moabe, do outro
lado do Jordão (Js 22). Esses correspondem àqueles que “pensam nas coisas terrenas”.
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